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Mercado de carbono tem sido destaque no mundo e em seus diversos setores devido à sua importância diante da sustentabilidade e preservação da natureza. Este mercado foi um dos principais temas abordados na COP26, a 26ª Conferência das Partes da Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU), que aconteceu em Glasgow – Escócia –, em 2021. Também conhecido como mercado de crédito de carbono, este setor tem como intuito compensar as emissões de carbono ou dos demais gases de efeito estufa por meio da aquisição de crédito.
Quem adquire crédito são empresas que têm como missão contribuir para a sustentabilidade do planeta – e a aquisição pode acelerar o ritmo de crescimento do Brasil, como indicam especialistas do setor. Contudo, como é possível que isso aconteça? Continue a leitura elaborada pelo Blog INFLOR e confira como o mercado de carbono pode colaborar com a missão de todos de tornar o mundo mais verde!
Veja mais – Florestas plantadas e a importância para a redução na emissão de carbono
Os principais gases de efeito estufa (GEE) que conhecemos são o gás carbônico (CO2) e o gás metano e, apesar de terem propósito positivo – de absorver parte da radiação solar que chega à Terra e, assim, auxiliar na manutenção da temperatura do planeta –, sua emissão tem sido muito maior do que a quantidade necessária para exercer sua funcionalidade e do mundo de reabsorver os gases para manter o equilíbrio temporal. Um exemplo deste aumento desnecessário é a emissão de dióxido de carbono com o objetivo de produzir energia – de 2020 para 2021, houve um crescimento de 6% na emissão global, como indica o relatório da Agência Internacional de Energia. O relatório indica, de modo geral, que foram registradas 36,3 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa emitidas em 2021.
Em relação aos dados do Brasil, o Instituto de Energia e Meio Ambiente registrou, em 2020, o aumento de 9,5% nas emissões de GEE enquanto o mundo diminuiu suas emissões em quase 7% no mesmo período – o primeiro ano de pandemia. O setor que mais emitiu gases de efeito estufa no Brasil foi o de energia, com mais de 10% registrados pelo Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG).
Diante deste cenário de grandes volumes emitidos de GEE, diversas nações participam de conferências e demais eventos acerca da sustentabilidade do planeta, mudanças climáticas e temas relacionados, além de se comprometerem com algumas metas a serem cumpridas em relação à redução dos gases de efeito estufa. Os objetivos estabelecidos em acordos mundiais são importantes para conter o gás carbônico, considerado o principal contribuinte para o aquecimento global.
Uma das principais conferências mundiais que reúne quase 200 países são as Convenções do Clima da ONU. Especialmente a COP15, realizada em Paris, em 2015, se estabeleceu o Acordo de Paris, assinado por 195 países signatários, entre eles o Brasil, em que as nações mundiais se comprometeram a reduzir em 37% a emissão dos gases de efeito estufa até 2025 e a alcançar a redução de 43% até 2030.
Se há emissão de gases de efeito estufa, significa que há custo para a sociedade e, para que haja redução das emissões, se faz necessário incentivar projetos que colaborem com a sustentabilidade do planeta, como projetos que produzam energias limpas, restauração das áreas verdes e o controle das emissões de GEE.
Para isso, o mercado de carbono atua como fornecedor de crédito para empresas que têm como missão tornar o mundo mais verde. Um crédito de carbono equivale a uma tonelada de carbono que não foi emitida para a atmosfera – e, desta forma, colabora para a diminuição do aquecimento global. Esta medida é conhecida, também, como a busca pela neutralidade de carbono.
Mercado de carbono atua como voluntário e regulado. Conheça as diferenças:
O mercado de carbono tem trazido resultados positivos recentes para os países, como o Brasil. De acordo com informações da consultoria McKinsey, a estimativa é que, no ano passado, o mercado de crédito de carbono voluntário tenha movimentado US$25 milhões – que representa 17 milhões de toneladas de carbono capturados e revertidos em crédito. Os dados da empresa reforçam ainda que o mercado global de crédito de carbono movimentou US$1 bilhão em transações no último ano.
Especialistas reforçam que este mercado tem grande potencial para crescer, ainda mais, vistos os resultados alcançados em 2021. Um relatório da WayCarbon estimou que, no ano passado, o país seria responsável por suprir de 5% a 37,5% da demanda global do mercado de crédito de carbono voluntário até 2030, enquanto, para o mercado de crédito de carbono regulado, a estimativa é de 2% a 22% no mesmo período.
O mercado de crédito de carbono brasileiro pode ter crescimento acentuado no país a partir da regulamentação de um decreto federal publicado em maio deste ano. Especialistas do setor florestal indicam que o avanço do mercado de crédito de carbono pode possibilitar o registro do dobro do Produto Interno Bruto (PIB) nacional – e, ainda, registrar a maior participação do país em fundos de investimentos no exterior, em empresas que atuam com sustentabilidade. O assunto e as expectativas dos especialistas foram tema do Glocal Experience, evento que aborda os caminhos do planeta em relação à sustentabilidade e à transição energética carioca, realizado no Rio de Janeiro.
Enquanto o mercado de carbono disponibiliza crédito para que haja equivalência na absorção e conversão de CO2, as florestas plantadas atuam como responsáveis por esta absorção – e, segundo estudo publicado pela revista científica Nature Climate Change e disponível no Global Forest Watch, elas absorvem duas vezes mais gás carbônico do que emitem anualmente.
Esta absorção realizada pelas florestas plantadas é conhecida como o sequestro de carbono, que é a capacidade das árvores de absorverem CO2 e transformarem em oxigênio. O sequestro de carbono possibilita, ainda, a neutralização de carbono, que acontece a partir do plantio de árvores – que serão responsáveis pelo sequestro do GEE, como indica uma publicação do Instituto Brasileiro de Florestas (IBF). O órgão afirma ainda que, a cada 7 árvores, é possível sequestrar 1 tonelada de carbono em seus primeiros 20 anos de idade e este é o cálculo feito para determinar a quantidade de árvores necessárias para a neutralização das emissões dos gases de efeito estufa.
A INFLOR se une à missão de conservação e sustentabilidade do planeta, com a oferta de soluções florestais únicas, que ajudam a tornar o mundo mais verde. Uma delas é o INFLOR Forest, sistema para gestão florestal que monitora variáveis físicas e financeiras, simula cenários, traça metas, calcula gastos, apura rendimentos e gera indicadores de desempenho baseados na realidade do seu negócio.
O sistema de gestão florestal apresenta interfaces que se adequam aos processos da sua empresa e pode ser acessado de qualquer lugar com acesso à internet. Seus benefícios são:
Assim, o INFLOR Forest – com seus módulos diversos – atua no monitoramento e na preservação de florestas desde a criação de mudas, com os viveiros high-tech, até sua colheita, em busca de um mundo cada vez mais verde.
Fique por dentro de nosso blog! Por aqui, você sempre encontrará informações valiosas para sua gestão florestal. Aproveite outros conteúdos que podem ser de seu interesse:
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