Carvão vegetal: produção ganha destaque e chama atenção de investimentos

Carvão vegetal é produzido a partir da carbonização da biomassa proveniente da madeira das florestas plantadas. A produção desse insumo no cenário econômico brasileiro tem ganhado destaque e atraído a atenção de investidores de todo o mundo, principalmente devido ao fato de poder atuar como um substituto do coque na indústria siderúrgica, com o objetivo de reduzir as emissões de CO2 no processo de produção de aço.

Deseja saber mais sobre a produção de carvão vegetal no Brasil e sua importância para o setor florestal? Então te convidamos a conferir este conteúdo especial elaborado por nós, do Blog da INFLOR.

Boa leitura!

Veja também – Setor florestal: quais são as tendências e projeções para 2025?

Produção de carvão vegetal no Brasil

A produção de carvão vegetal assume um papel fundamental na indústria siderúrgica brasileira, especialmente em Minas Gerais, estado que concentra mais de 80% da produção nacional, devido à existência de um mercado (produtor e consumidor) altamente desenvolvido, de acordo com um estudo da Sociedade de Investigações Florestais (SIF). Vale ressaltar que 90% dessa produção é oriunda das florestas plantadas: apenas em 2022, o Brasil contava com 758 mil hectares de eucalipto plantados para atender a essa demanda.

A indústria siderúrgica brasileira destacou-se como pioneira na utilização do carvão vegetal como agente redutor do minério de ferro em altos-fornos, a fim de viabilizar a produção de aço com menor pegada de carbono. Inclusive, o Brasil lidera mundialmente o ranking de fabricação de aço que emprega o carvão vegetal como biorredutor – é o que aponta pesquisa do Instituto Aço Brasil (IABr).

Todo esse cenário atrai o olhar de investimentos para o setor. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por exemplo, aprovou a primeira operação de carvão vegetal do Fundo Clima, com um financiamento de R$54,5 milhões para uma empresa do segmento modernizar a carbonização e desenvolver soluções pautadas em sustentabilidade para a produção do insumo.

Como é o consumo do carvão vegetal no Brasil?

Nos últimos 20 anos, cerca de 84% do consumo de carvão vegetal destinou-se, principalmente, às indústrias de ferro-gusa, aço e ferro-ligas; o setor residencial consumiu cerca de 8,3%, seguido pelo setor comercial, com 1,1%, conforme dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Esse cenário se deve, principalmente, ao processo de industrialização do Brasil: quando a infraestrutura viária ainda não permitia o uso de carvão mineral, seja importado ou nacional, o carvão vegetal, por sua produção simples e custo acessível, tornou possível a instalação de usinas.

E esse é um contexto que tem se repetido ao longo dos anos, com a indústria siderúrgica sendo a principal fonte consumidora de carvão vegetal no Brasil. Apesar disso, alguns desafios relacionados à tecnologia e sustentabilidade despontam como preocupação no mercado atual.

O futuro da produção de carvão vegetal no Brasil

Especialistas no assunto apontam algumas tendências e projeções para as empresas que atuam com a produção de carvão vegetal no Brasil. A seguir, elencamos as três principais, de acordo com o estudo da SIF:

Alta na demanda por “aço verde”, produzido com emissões reduzidas de gases de efeito estufa. É uma oportunidade para produtores de carvão vegetal que utilizam madeira de florestas plantadas certificadas e manejadas de forma responsável;

Impulsionamento nos investimentos em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias mais limpas, na promoção do manejo florestal e na fiscalização do desmatamento ilegal;

Mais recuperação de subprodutos do processo de carbonização, como o aproveitamento dos finos de carvão vegetal.

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Além disso, a solução INFLOR também garante as seguintes vantagens:

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