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29 de maio de 2019
O Brasil viu, nos últimos 60 anos, a indústria florestal nacional sair de um patamar de completo amadorismo para uma indústria detentora de tecnologia única, fazendo do país um vanguardista capaz de ditar regras sobre o desenvolvimento das melhores práticas para uma floresta equiânea e de caráter produtivo.
Ao contrário dos países do Hemisfério Norte, cujas condições edafo-climáticas conferem às florestas características únicas de desenvolvimento, produtividade, qualidade e custos, o Brasil vive em um oásis em que a disponibilidade de terras e as condições de desenvolvimento das florestas não são empecilhos. É como se disséssemos que não temos trava. Esse fato alavancou pesquisas voltadas para o aumento exponencial da produtividade das florestas, seja através do desenvolvimento dos clones de espécies de eucaliptos e melhoramento genético contínuo, além do refinamento das melhores práticas que devem ser executadas para que o objetivo final seja atingido.
Em contrapartida, mudanças recentes no regime hídrico de quase todas as regiões do Brasil têm feito com que o atingimento de metas, outrora considerado relativamente fácil, se tornasse mais complicado. O cenário econômico também tem influenciado negativamente o avanço e o desenvolvimento do mercado florestal brasileiro. O aumento dos custos de matérias-primas, combustíveis e mão-de-obra acima dos índices de inflação tem exigido das empresas um comprometimento acima do normal na tentativa de conter os aumentos de custos de seus produtos, o que impacta diretamente na competitividade desses players no mercado interno e externo.
Redução de custos é a palavra de ordem na maioria das empresas do Brasil nos dias de hoje, o que só é possível quando se tem um processo controlado e conhecido. Além disso, otimizações e melhorias seguem a mesma premissa. Tudo está interligado.
O refinamento do processo florestal brasileiro tem permitido um grau de ajuste dos seus processos em nível de talhão ou material genético, e não mais de projeto ou região. Ou seja, empresas de alto nível têm hoje (ou podem ter) prescrição de adubação por talhão e material genético, além dos tratos silviculturais específicos para cada situação, cuja necessidade e operacionalização também são afetadas pela região, sítio, material genético etc. Esse refinamento permite a otimização do desenvolvimento da floresta e, em geral, traz economia para as empresas, já que são disponibilizados somente os recursos estritamente necessários para o atingimento de metas. No final, gera-se uma floresta mais produtiva e com custo competitivo.
Como dito, isso tudo só é possível quando se tem um processo conhecido e controlado. Variações do processo geram grande quantidade de informações a serem monitoradas e manipuladas. Desvios não são aceitáveis quando se deseja o ótimo. A definição de uma prescrição operacional, ou seja, quais atividades devem ser realizadas e em que período de tempo, estabelece nas entrelinhas que a operação deve ser realizada a partir dessas premissas, caso contrário, poderá haver impactos na produtividade e na qualidade da floresta.
Obviamente, estamos falando de ativos biológicos influenciados por diversos fatores não controlados pelas empresas, como o regime de chuvas, por exemplo. Operacionalmente, a execução de todas as atividades dentro de uma prescrição estabelecida muitas vezes não é fácil, principalmente em empresas com bases muito extensas e grande escala de produção, mas isso deve ser buscado a todo custo. O cumprimento dessa prescrição faz com que algumas variáveis que afetam produção e a qualidade sejam eliminadas, tornando mais fácil (ou menos difícil) a avaliação da totalidade do processo, e permitindo tomadas de decisões mais assertivas para correção de problemas no processo produtivo. Ou seja, decisão mais objetiva e menos subjetiva.
Quando se possui um processo de produção verticalizado, em que a empresa gere as suas terras, planta e mantém suas florestas, colhe e beneficia a madeira e subprodutos, a interface entre essas áreas pode ser motivo para o descompasso citado acima, simplesmente pelo fato de a informação muitas vezes estar descentralizada, dependendo de cada área para que seja atualizada e passada adiante.
Mudanças no plano operacional/orçamentário em andamento muitas vezes pegam outras áreas de surpresa, simplesmente porque as mudanças são unilaterais e as informações não estão interligadas. Exemplo são as mudanças no processo de colheita florestal, em que se define pelo corte desse ou daquele talhão. Dependendo do que se planeja fazer, mudanças na colheita afetam diretamente e fortemente a programação de atividades da silvicultura.
Com uma informação centralizada, mudanças na colheita geram automaticamente as atualizações necessárias para que a silvicultura se planeje. De acordo com manejo aplicado ao talhão e da prescrição operacional para esse manejo, mudanças no processo de colheita geram uma reprogramação automática de todas as atividades de determinado talhão, desde o momento da colheita até o fim do próximo ciclo ou rotação.
Quando se tem um processo bem ajustado, com o estabelecimento claro do que será colhido, plantado, além de todas as atividades necessárias para a manutenção e desenvolvimento, o processo todo se torna moldável, permitindo enxergar detalhes que podem ser alterados de forma a otimizar esse processo.
Mas isso só é possível quando se tem o processo nas mãos. As empresas nunca conseguirão interferir de forma precisa naquilo que elas não controlam com eficiência. Sem isso, a rotina passa a ser de tentativa e erro, sustentada muitas vezes naqueles com mais experiência, que já tiveram a chance de errar a aprender no passado. Mas isso é aceitável nos dias de hoje?
A INFLOR, líder em sistemas de gestão florestal, auxilia as empresas a maximizarem a performance na administração de ativos florestais e promove mais assertividade na tomada de decisão, com sistemas que permitem reunir informações sobre todo o processo, disponibilizando-as em tempo real para quem precisa acessar.
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