Hidrogênio verde: solução em alta para redução da emissão de GEE

As constantes mudanças climáticas que afetam o planeta exigem que sejam criadas soluções mais sustentáveis para a sua preservação. Em janeiro deste ano, o Fórum Econômico Mundial 2023 realizado em Davos, na Suíça, reuniu lideranças do mundo todo para discutir ações e tendências verdes em busca da sustentabilidade do meio ambiente.

Uma das tendências discutidas e que tem se destacado no mercado é o hidrogênio verde. A produção do H2V, como também é conhecido, pode trazer benefícios para setores diversos, como o da aviação, por ser neutro em carbono (CO2). Segundo o estudo Green Hydrogen Opportunity in Brazil, da Roland Berger, o consumo do hidrogênio precisa aumentar, no mínimo, seis vezes nos próximos 30 anos para as metas de descarbonização serem alcançadas mundo afora.

Neste cenário, o Brasil tem grande potencial para a produção de hidrogênio verde, que é uma solução em alta para a redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE). Conheça mais sobre este combustível neste conteúdo, elaborado por nós, do Blog INFLOR. Boa leitura!

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O que é o hidrogênio verde?

O hidrogênio verde ou H2V é um combustível neutro em carbono que pode contribuir para diversos setores, como o energético, já que pode suprir a necessidade de energia mundo afora. O H2V pode ser produzido a partir de eletricidade renovável e pode ser utilizado como combustível para aviões, caminhões e navios.

Além disso, o hidrogênio verde pode ser convertido em biocombustível. Isso significa que pode ser utilizado como combustível de aviação sustentável (SAF), o que reforça a intenção do mercado de utilizá-lo para reduzir a quantidade de emissões de gases de efeito estufa.

Mercado de hidrogênio verde: qual o potencial do Brasil?

Em 2015, com a assinatura do Acordo de Paris na COP21, 175 países se comprometeram a reduzir as emissões de GEE e a minimizar os impactos do aquecimento global. Contudo, a pesquisa da consultoria alemã Roland Berger indica que, caso os objetivos do Acordo sejam cumpridos, a maioria da energia a ser consumida no mundo terá o hidrogênio verde como origem.

Neste cenário, será necessário criar um mercado responsável por gerar H2V, que pode movimentar mais de US$1 trilhão em vendas diretas das moléculas de hidrogênio e seus derivados.

Assim, o estudo alemão aponta que o Brasil será líder no mercado de hidrogênio verde pelo seu alto potencial em produzir H2V com menor custo. Devido à sua alta produtividade, o país pode ser, ainda, um grande exportador global de hidrogênio verde, além de atrair investimentos diretos que podem chegar a R$600 bilhões nos próximos 25 anos.

Por que o hidrogênio verde é vantajoso?

Por ser neutro em carbono, o principal benefício do hidrogênio verde é contribuir com a redução – até atingir a neutralidade de carbono – das emissões mundiais. No setor da aviação, por exemplo, esse biocombustível pode ser a solução ideal para a redução de GEE. Segundo a Organização Internacional da Aviação Civil (Icao), o setor aéreo é responsável por 2,5% das emissões globais de GEE.

Por não gerar emissões de CO2, o hidrogênio verde é considerado, também, o vetor ideal para setores considerados de difícil descarbonização. Nestes mercados, o H2V atua como um substituto para os combustíveis fósseis, utilizados principalmente em processos industriais.

Como o hidrogênio verde contribui para a sustentabilidade?

O hidrogênio verde, por ser um biocombustível, pode ser utilizado como combustível de aviação sustentável, o SAF. De acordo com a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Internacional Air Transport Association, a IATA), a utilização do SAF como combustível pode reduzir em até 80% as emissões gerais geradas pelo ciclo de CO2.

Logo, por ser neutro em carbono, o hidrogênio verde é uma solução viável para promover a proteção do meio ambiente, a redução na pressão de poluição, além de melhorar o desempenho das aeronaves como um dos biocombustíveis de aviação sustentável.

Quais as outras origens para produção do SAF?

Para ser um biocombustível, o SAF precisa ter como origem recursos renováveis. Entre eles, estão:

• Fluxos de resíduos sólidos;
• Resíduos agrícolas;
• Resíduos florestais, como resíduos de madeira, culturas energéticas, plantas de crescimento rápido e algas;
• Resíduos úmidos, como esterco e lodo de tratamento de águas residuais.

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