Estoque de carbono no solo e sistemas agroflorestais: qual é a relação?

Estoque de carbono armazenado no solo pode ser impulsionado pelos sistemas agroflorestais do manejo florestal conservacionista, de acordo com estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Isso acontece porque as práticas que promovem mudanças no uso da terra garantem maior armazenamento de índices de carbono no solo e, a longo prazo, superam a capacidade da vegetação natural.

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Boa leitura!

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Florestas plantadas e o estoque de carbono no solo

Os estoques de carbono no solo nos sistemas agroflorestais podem aumentar até 30,9% no manejo rotativo, quando comparado à vegetação natural, conforme aponta estudo realizado na Embrapa Caprinos e Ovinos (CE). O resultado da pesquisa está baseado em um experimento que levou 25 anos, no Semiárido brasileiro, com o objetivo de comparar as práticas agrícolas tradicionalmente utilizadas na região aos sistemas agroflorestais.

Vale ressaltar que a rotação de sistemas agroflorestais também é importante para proporcionar maior sequestro de carbono, de forma mais rápida e sem a necessidade de longos períodos de pousio. Tudo isso para garantir a mitigação da emissão de gases de efeito estufa.

Principais resultados do estudo da Embrapa

– Os estoques de carbono nos sistemas agroflorestais aumentam em até 18,6%,no manejo permanente e 30,9% no manejo rotativo, comparando-os com a vegetação natural.

– Quando comparados apenas os manejos dos sistemas agroflorestais, o rotativo apresentou valores superiores (10,5%) em relação ao permanente.

– 50 anos de pousio levam a um aumento de 4% dos estoques de carbono, comparados à vegetação natural em equilíbrio.

E qual a importância do estoque de carbono no solo?

Carbono é um componente vital para o solo, tendo em vista que contribui para o pleno funcionamento do ecossistema terrestre, mas, a sua elevação na atmosfera gera aumento do efeito estufa e do aquecimento global. Sendo assim, manter o CO2 no solo é de extrema importância e, por isso, os estudos sobre as diferentes práticas de manejo se destacam, como apontam relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

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